E) As expectativas e os perigos do E-learning

sábado, 12 de junho de 2010

Tal como é visível, o Mundo tem vindo a assistir a uma Revolução Digital, sobretudo no que diz respeito aos meios tecnológicos utilizados na sala de aula. Salienta-se então aqui, a ferramenta e- learning.
Esta ferramenta tem suscitado uma grande discussão na sociedade, tal como nos refere o livro “Currículo e Tecnologia Educativa” de Wayne Ross.
O e – learning é visto como, “ a literacia [em] novos mecanismos para a comunicação: redes de computador, multimédia, conteúdo de portais, motores de busca, livrarias electrónicas, aprendizagem à distância e aulas via web. O e – learning caracteriza-se pela velocidade, pela transformação tecnológica e pela interacção humana mediada.”
No entanto e como já foi referido, esta temática apresenta uma grande controvérsia, pois há quem concorde com a sua utilização, mas também há quem seja contra. Os defensores desta ideia, dizem que as crianças devem desde cedo aprender a lidar com o computador e com as suas funcionalidades. Por sua vez, os opositores defendem que o ser humano sente-se cada vez mais dependente destas tecnologias, o que ameaça a sua privacidade e o modo como se relacionam com os outros.
Numa fase mais avançada, aparece uma questão: “ O e – learning e as crianças: uma mistura nociva?”
Segundo um relatório da Alliance for Childhood, as conclusões a que se chegaram, foi a de que o uso dos computadores relativos à educação não apresentam quaisquer efeitos positivos, pelo contrário, estes podem trazer problemas quer ao nível físico, intelectual e social, (stress repetitivo; tensão ocular; obesidade e isolamento social). Quem partilha desta ideia é Larry Cuban (2000:2), que afirma que “ não existem provas claras e inequívocas de que o uso sistemático por parte dos estudantes de máquinas multimédia, da Internet, processamento de texto, folhas de cálculo e outras aplicações informáticas de grande sucesso tenham algum impacto no desempenho académico”.
Falando agora do complexo académico – industrial, e após uma leitura aprofundada, percebemos que o e – learning teve um impacto maior no ensino superior, relativamente ao ensino básico e secundário. De salientar ainda que tanto as Universidades como as Empresas estão a apostar cada vez mais no ensino à distância, ideia que não é defendida por Bray: “a universidade não sobreviverá… o futuro está fora de campus, fora da sala de aula tradicional”.
Os argumentos dados por quem defende tal ideia são os de que, este é um método eficaz para os estudantes, pois através dele obtêm respostas mais rápidas sobre as suas dúvidas e uma atenção mais individualizada; a aprendizagem online reforça as capacidades em informática; as aulas podem ser dinamizadas, tanto através da leitura de informação via e – mail, cd’s interactivos, vídeos, salas de chat. Os defensores afirmam ainda que este método é equivalente à educação tradicional, ideia esta que não é partilhada pelos opositores e também pelos professores, que dizem que este método não pode em circunstância alguma substituir o método tradicional, uma vez que este não proporciona o contacto social que a universidade assim o exige.

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